Os dois policiais federais que morreram na queda de um monomotor em Minas Gerais, nesta ultima quarta-feira (6) são do Distrito Federal. O acidente foi no começo da tarde, no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, e deixou duas pessoas mortas e uma ferida.
A aeronave pertence à Polícia Federal. De acordo com o Sindicato dos Policiais Federais no Estado de Minas Gerais (Sinpef-MG), as vítimas são os policiais federais José de Moraes Neto e Guilherme de Almeida Irber, de Brasília (saiba mais abaixo).
Segundo o Corpo de Bombeiros, o avião chegou a decolar e perdeu altitude instantes depois, caindo na lateral da pista, às 14h14. O veículo pegou fogo após a queda (veja vídeo acima).
“A gente percebeu através das imagens a decolagem dessa aeronave e depois uma tentativa de retorno, mas ainda não chegou nenhuma informação que trouxesse esclarecimento sobre a causa”, informou o Tenente Henrique Barcellos, do Corpo de Bombeiros, responsável pela ocorrência.
O ferido é o mecânico de uma empresa terceirizada Walter Luís Martins, de 51 anos. Ele foi socorrido consciente e com trauma abdominal, e encaminhado para o Hospital João XXIII, na Área Hospitalar da capital mineira.
A Polícia Federal informou que já iniciou investigação para apurar as circunstâncias do acidente e que “enviará nas próximas horas peritos especialistas em segurança de voo e acidentes aéreos para auxiliar nas apurações”. O diretor-geral da instituição, Andrei Rodrigues, também irá ao local.
Em nota, a PF diz que se solidariza com os familiares e amigos das vítimas e decreta luto oficial de três dias.
Quem são os policiais mortos
O agente Guilherme de Almeida Irber estudou no Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA), e se mudou para Brasília em 1995.
José de Moraes estava na Polícia Federal há 28 anos. Segundo pessoas próximas, ele era um piloto experiente de operações especiais. O policial cresceu no Gama, mas morava, atualmente, na Octogonal. José deixa a esposa e dois filhos.
Os dois eram comandantes de aeronave e também agentes lotados na Coordenação de Avião Operacional da Polícia Federal.
O acidente
A aeronave é um Cessna 208B, fabricado em 2001, com 11 lugares e capacidade para nove passageiros. A matrícula é PR-AAB.
Investigadores do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), foram acionados.
A ação inicial, primeira etapa da investigação, consiste na coleta e confirmação de dados, na verificação dos danos causados e no levantamento de outras informações necessárias.
Em nota, a CCR Aeroportos, que administra o terminal da Pampulha, afirmou que os bombeiros “estão empenhados no cumprimento dos protocolos de segurança e atendimento” após a ocorrência.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o acidente não prejudicou a área de pousos e decolagens e o aeroporto já voltou a funcionar normalmente.