Minas Gerais apresentou um crescimento econômico significativo no primeiro trimestre de 2024, com um aumento de 2,9% no Produto Interno Bruto (PIB) em comparação ao mesmo período do ano anterior. Este desempenho superou a média nacional, que foi de 2,5%, e reflete os esforços do governo estadual em promover o desenvolvimento econômico.
O levantamento, divulgado pela Fundação João Pinheiro, destacou a contribuição de políticas públicas, como o projeto Sol de Minas, que impulsionaram a economia local. O PIB nominal do estado alcançou R$ 253,8 bilhões, representando 9,4% da riqueza nacional produzida no período, um aumento em relação aos 9,3% do ano anterior.
A indústria mineira foi o principal motor desse crescimento, com um aumento de 3,9% no setor, impulsionado por um ambiente econômico favorável, com menor inflação e redução de juros. A indústria extrativa e a de utilidades públicas foram os segmentos que mais cresceram, com destaque para a produção de minério de ferro e geração de eletricidade.
O setor de serviços também teve um desempenho positivo, crescendo 2,5%, enquanto a agropecuária enfrentou um declínio de 4,6% devido às condições climáticas adversas. No entanto, a indústria de transformação, especialmente a de alimentos e metalurgia, mostrou sinais de recuperação.
O governo de Minas Gerais tem investido em energia limpa, com o projeto Sol de Minas já superando 8 GW de geração solar fotovoltaica. Este investimento não só contribui para o desenvolvimento sustentável, mas também gera empregos e melhora a qualidade de vida da população.
O secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Fernando Passalio, destacou a importância da transição energética e do incentivo a investimentos em energia limpa como parte do projeto de desenvolvimento responsável do estado.
Apesar dos desafios enfrentados pela agropecuária, o clima seco beneficiou a mineração, que teve um desempenho robusto. O coordenador de Contas Regionais da FJP, Raimundo de Sousa, explicou que as condições climáticas favoreceram a indústria extrativa, compensando as perdas na agricultura.
Por fim, o aumento do consumo, impulsionado pela queda nos juros e menor pressão inflacionária, beneficiou a indústria de transformação, com destaque para a recuperação na produção de alimentos e laticínios, além de uma melhora no segmento de metalurgia.