Repetindo o bom desempenho do mês anterior, o setor de serviços em Minas Gerais voltou a crescer mais do que a média nacional em abril.
Enquanto no estado mineiro, o setor avançou 3,2% em volume de serviço no mês frente a março, no Brasil o avanço foi menor, de 0,5%. Os dados foram divulgados nesta quarta (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o economista do IBGE, Daniel Dutra, a alta apurada no Estado representa o quarto resultado positivo seguido, acumulando incremento de 5,4% no primeiro quadrimestre.
Segundo ele, o aumento deve-se, sobretudo, ao desempenho do setor de transporte aéreo de passageiros regular. Conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), as passagens subiram 9,75%.
No confronto com igual mês do ano de 2023, a expansão do volume de serviços em Minas foi de 9%, enquanto no Brasil foi de 5,6%.
O destaque, neste caso, ficou com os serviços de informação e comunicação, que cresceram 15,2% e englobam atividades como provedores de internet, serviço de TV a cabo e telefonia móvel.
Além desse grupo, outros três dos cinco grupos de atividades pesquisados, apontam variações positivas quanto ao volume de serviços: transportes, serviços auxiliares aos transportes e correios (11,6%), serviços prestados às famílias (7,9%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (1,5%). Outros serviços registraram queda de 2,4%.
Dutra ressalta que nos últimos seis meses foram registradas cinco variações positivas e somente uma negativa.
“Esse dado comprova uma tendência de crescimento no setor de serviços em Minas Gerais. Nesse período, o crescimento foi de 4,2% no acumulado semestral. No Brasil, no mesmo intervalo, o aumento foi de 1,3%”, informou.
Serviço se recupera no pós-pandemia
Comparando o setor de serviços ao desempenho da indústria e do comércio, o economista destaca que a primeira atividade teve um descolamento durante boa parte do período entre 2021 e 2023, porém já superado.
“O setor foi o primeiro a sofrer na pandemia, mas também o primeiro a se recuperar. Apresentou desaceleração, mas no momento já se encontra no mesmo patamar dos setores de comércio e indústria”, completou.