A Nexa Resources, mineradora e metalúrgica com operações no Brasil e Peru, projeta investir, em 2024, US$ 311 milhões, sendo cerca de US$ 68 milhões em Minas Gerais. No Estado, a empresa opera fundições em Três Marias, na região Central, e Juiz de Fora, na Zona da Mata, e minas em Paracatu e Vazante, no Noroeste. A companhia produz, em solo mineiro, zinco, chumbo e prata.
Seguir com projetos inovadores e sustentáveis que possibilitam aumentar a produtividade das unidades, além de diminuir custos e impactos ambientais, está nos planos da Nexa. A companhia investirá US$ 14 milhões para prolongar a vida útil de disposição na planta de Três Marias, por exemplo. Em março, a empresa deve entrar com pedido de licenciamento junto ao órgão ambiental para substituir o tipo de depósito de rejeitos de seu processo industrial na cidade.
A ideia da companhia é depositar as sobras a seco e não mais em polpa. Enquanto não tem as respectivas licenças para a implantação e operação do novo modelo, os testes experimentais continuam. Conforme o vice-presidente sênior de Serviços Técnicos e Projetos da Nexa, Marcio Godoy, os ensaios estão bem-sucedidos e demonstram a capacidade e a viabilidade da iniciativa.
Outra medida que terá sequência na fundição de Três Marias é a mudança gradual do uso de combustíveis fósseis na produção de óxido de zinco para biocombustível. Para isso, a empresa adquiriu, recentemente, 10 mil toneladas de um bio-óleo que será utilizado, ainda neste ano, em 12 fornos. O próximo passo será aplicar a solução sustentável nas 47 fornalhas da unidade.
O executivo também realça que esse projeto é interessante por ter relação com a economia circular. O bio-óleo que a Nexa utilizará é um subproduto da produção de carvão vegetal das florestas renováveis da Aperam Bioenergia no Vale do Jequitinhonha. Segundo ele, o uso do biocombustível tem um potencial econômico local de movimentar em torno de R$ 10 milhões.
Empresa investiu US$ 10 milhões em Minas Gerais para troca de moinho
Em 2024, a Nexa também pretende aplicar US$ 2,4 milhões no aprofundamento de Vazante, uma das maiores minas de zinco do mundo. No local, um recente aporte para a substituição do moinho de bolas já trouxe benefícios à empresa. O novo equipamento otimizou a alimentação de moagem de minério e possibilitou aumentar em 20% os níveis de produção da planta, operando com uma capacidade de 148 mil a 149 mil toneladas anuais. Foram investidos US$ 10 milhões no projeto.
“Vazante ganhou um ‘coração’ novo. O moinho é quem dita a taxa de produção da unidade, e está batendo muito bem”, resume o vice-presidente sênior de Serviços Técnicos e Projetos da Nexa. Conforme ele, além de ganhos em produtividade, houve redução dos gastos com energia e das emissões de carbono na atmosfera com o moderno equipamento instalado em Minas Gerais.
Ainda segundo Godoy, a empresa decidiu trocar o antigo moinho após identificar sinais de desgaste. Ele explica a situação citando um taxista que trocou o táxi ultrapassado por um atual. “Se você tem um carro que toda hora precisa ir ao mecânico e fica na oficina uma manhã inteira, tem prejuízo. Quando você compra um carro novo, consegue trabalhar o dia inteiro, tem uma boa performance, economiza combustível e seu cliente fica mais contente”, salienta.