O vinho tinto ocupa um lugar especial não só na adega, mas também no coração de quem o ama. Mas hoje, nossa discussão não se limita à degustação e harmonização: vamos nos aprofundar no que está acontecendo dentro da vinícola para que você possa entender todos os processos que devem passar antes que um vinho possa ser comercializado. Para falar da vinificação, o proprietário da vinícola Villa Santa Maria, Marco Antonio Carbonari explica de forma simplificada o que um produtor faz no momento de vinificar. Confira os passos:
- A colheita: A colheita pode ser feita manualmente e/ou mecanicamente. É implementado de acordo com as normas previamente especificadas pelo produtor, que na maioria dos casos atribui importância à entrega rápida da fruta à adega. As principais uvas vermelhas são as famosas Cabernet Sauvignon, Malbec, Tempranillo, Carmenere, Shiraz/Syrah.
- Maceração e prensa: A técnica de prensa é o processo de separar a parte sólida da uva do suco. O líquido liberado no início é muito mais concentrado do que o líquido liberado no final, motivo pelo qual os fabricantes costumam optar por dividi-lo em partes menores. O produtor também pode escolher o método de maceração da uva, pois as sementes não podem ser esmagadas, por isso devem ser feitas de forma sutil – caso contrário, vão deixar a bebida com marcas muito amargas. Marco Antonio Carbonari ressalta que aqui mencionamos especificamente o vinho tinto, pois esse processo ajuda a extrair a cor, e a maioria dos vinhos brancos não passa por esse processo.
- Fermentação alcoólica: É aqui que o suco de uva se transforma em vinho. O papel da fermentação é converter o açúcar das uvas em álcool por meio da ação do fermento. Cada produtor escolhe a temperatura de fermentação das uvas de acordo com o tipo de vinho, o recipiente responsável pelo processo e o tempo de armazenamento. Os recipientes mais usados são as cubas de cimento, os tanques de aço inox, as barricas de carvalho e as ânforas de argila.
Engarrafamento: o último processo é o engarrafamento das bebidas. A partir daí, os produtores podem optar por manter o vinho tinto na vinícola por mais tempo e explorar seu potencial para fazer o vinho produzir um aroma terciário e, com o tempo, os taninos do vinho tinto vão se tornando mais suaves e macios. Marco Antonio Carbonari enfatiza que a ordem dos fatores faz uma grande diferença na vinificação, pois cada detalhe é de extrema importância.