A conta de luz em Minas Gerais passará por um novo reajuste que vai impactar diretamente o bolso dos consumidores a partir do final de maio. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou um aumento médio de 7,36% para os clientes residenciais da Cemig, distribuidora responsável pelo fornecimento no estado. O novo valor começa a valer no dia 28 de maio de 2025 e segue até 27 de maio de 2026. A decisão causou preocupação entre os moradores, que já enfrentam dificuldades com o custo de vida elevado.
A conta de luz em Minas Gerais tem sofrido com aumentos recorrentes, e, desta vez, a principal justificativa apresentada foi o crescimento dos encargos setoriais. Segundo a Aneel, esses encargos são utilizados para subsidiar programas de acesso à energia, incentivo a fontes renováveis e desenvolvimento energético em diversas regiões do país. Esses custos, sozinhos, representam 4,63 pontos percentuais do total do reajuste. O restante é resultado de fatores como tributos e despesas com transmissão e distribuição.
Para quem paga a conta de luz em Minas Gerais, os impactos serão sentidos já nas próximas faturas. A Cemig informou que a cobrança em junho será proporcional, considerando parte do consumo com a tarifa antiga e outra parte já com o novo valor. Isso significa que o aumento será percebido de forma escalonada, mas inevitável. A expectativa da companhia é de que todos os clientes residenciais percebam o efeito do reajuste até julho.
A conta de luz em Minas Gerais terá um acréscimo menor para aqueles que fazem parte da tarifa social de energia elétrica. Para esse grupo, o aumento será de 2,02%, segundo informações da Aneel. Mesmo sendo um valor mais baixo, a mudança ainda afeta um público vulnerável, que depende da tarifa reduzida para manter o consumo básico. O aumento, mesmo que menor, pode comprometer ainda mais o orçamento das famílias de baixa renda no estado.
A Cemig afirma que apenas 26% do valor total da conta de luz em Minas Gerais corresponde, de fato, à empresa. Esse percentual cobre investimentos, depreciação de ativos e outros custos operacionais. Os 74% restantes incluem impostos e tributos que são direcionados aos governos federal, estadual e municipal, além de encargos de transmissão e compra de energia. A empresa também reforçou que tributos como ICMS, PIS, Cofins e taxa de iluminação pública são repassados integralmente ao poder público.
Diante do novo aumento da conta de luz em Minas Gerais, especialistas recomendam atenção redobrada com o consumo. Evitar o desperdício, desligar aparelhos da tomada e apostar em equipamentos mais eficientes são algumas das medidas indicadas para quem deseja reduzir o impacto financeiro. A conscientização energética se torna essencial em momentos de crise e reajustes, principalmente quando o salário não acompanha o ritmo das tarifas.
A conta de luz em Minas Gerais também levanta questionamentos sobre a necessidade de políticas públicas mais eficazes para controlar os preços da energia. Organizações de defesa do consumidor vêm solicitando maior transparência nas justificativas dos reajustes e pressionando para que o governo busque alternativas mais justas para a população. A dependência de recursos para manter o sistema elétrico não pode penalizar sempre os mesmos segmentos sociais.
Com esse novo aumento da conta de luz em Minas Gerais, o estado entra para a lista de regiões brasileiras com maior custo de energia elétrica residencial. Isso coloca pressão sobre o orçamento das famílias, o comércio e pequenos empreendedores, que já enfrentam dificuldades com outros custos operacionais. A longo prazo, o cenário exige reformas estruturais no setor energético e mais equilíbrio entre os interesses do mercado e o bem-estar da população.
Autor: Emma Willians