Falar em público é uma habilidade que desperta dúvidas e inseguranças em muitas pessoas, conforme frisa o professor Bruno Garcia Redondo. Assim sendo, para alguns, parece uma capacidade natural, enquanto outros acreditam que é preciso treinamento constante para se expressar com clareza diante de uma plateia.
Isto posto, ainda que algumas pessoas demonstrem facilidade desde cedo para se comunicar verbalmente, a capacidade de falar bem em público está mais associada à prática e ao preparo do que a um talento inato. Logo, com as estratégias certas, qualquer indivíduo pode aprimorar sua comunicação oral e desenvolver segurança diante de diferentes públicos. Interessado em conhecê-las? Acompanhe, a seguir.
Falar em público: uma questão de treino e técnica
Falar bem em público envolve muito mais do que ter carisma ou presença. De acordo com Bruno Garcia Redondo, aspectos como organização das ideias, domínio do conteúdo e empatia com o público são fatores que podem ser desenvolvidos com estudo e prática constante. A preparação adequada permite que o orador conduza a fala de forma estruturada, clara e com impacto.

Ao contrário do que muitos pensam, não é necessário “nascer com o dom” para se comunicar com confiança. Técnicas como respiração consciente, controle da entonação e uso de pausas estratégicas ajudam a tornar a apresentação mais envolvente. A repetição desses métodos transforma o comportamento, gerando mais naturalidade ao falar.
Mesmo pessoas introvertidas ou tímidas podem se tornar bons oradores. O segredo está na disciplina e na disposição para se expor gradualmente a diferentes situações comunicativas. A evolução acontece conforme o indivíduo se desafia e recebe feedback sobre sua performance.
Quais competências podem ser desenvolvidas com prática?
Ao contrário da ideia de talento nato, a comunicação eficaz depende de habilidades que podem ser treinadas. Segundo o professor Bruno Garcia Redondo, os elementos mais importantes para se destacar em apresentações públicas estão ao alcance de todos que se dedicam. Veja alguns exemplos a seguir:
- Organização do discurso: estruturar a apresentação com início, meio e fim, facilitando a compreensão da mensagem.
- Controle da ansiedade: adotar estratégias de respiração e mentalização para reduzir o nervosismo.
- Uso da linguagem corporal: utilizar gestos, expressões faciais e postura para reforçar o conteúdo.
- Adaptação ao público: ajustar o vocabulário e o ritmo da fala conforme o perfil da audiência.
- Domínio do conteúdo: estudar e revisar o tema para transmitir segurança e autoridade.
Cada uma dessas competências pode ser treinada individualmente ou em conjunto, em cursos de oratória, oficinas de teatro ou até mesmo em ambientes corporativos. A prática intencional gera resultados significativos com o tempo.
Existe diferença entre quem tem “talento” e quem aprende?
É comum associar facilidade com comunicação ao “dom” de falar em público. No entanto, como pontua Bruno Garcia Redondo, o que muitas vezes é visto como talento nato pode, na verdade, ser resultado de vivências que favoreceram o desenvolvimento precoce dessas habilidades. Crianças que foram incentivadas a se expressar, por exemplo, tendem a ter mais desenvoltura na fase adulta.
A verdadeira diferença entre quem parece ter talento e quem está em processo de aprendizado está no nível de exposição e experiência anterior. Quanto mais oportunidades alguém teve para se comunicar em público, maior sua familiaridade com os desafios e contextos envolvidos. Sem contar que o medo de errar ou ser julgado inibe muitas pessoas, impedindo que elas pratiquem e desenvolvam seu potencial. Romper essa barreira é um passo importante para substituir a crença no “dom” pela confiança na própria capacidade de evolução.
Como superar o medo de falar em público?
Muitas pessoas deixam de compartilhar ideias ou assumir posições de liderança por receio de se expor. O medo de falar em público, porém, pode ser vencido com atitudes estratégicas e mudanças de mentalidade, de acordo com o professor Bruno Garcia Redondo. Dessa forma, o primeiro passo é reconhecer que o nervosismo é normal e pode ser administrado com treino.
Tendo isso em vista, investir em preparação é essencial para reduzir a ansiedade. Quanto mais o orador conhece o conteúdo e ensaia sua apresentação, maior será sua autoconfiança. Outro ponto importante é o foco no público: ao se concentrar em entregar valor à audiência, o comunicador se distancia do julgamento pessoal. Por fim, buscar feedback, participar de grupos de oratória e gravar a própria apresentação também são formas eficazes de identificar pontos de melhoria e acompanhar a evolução.
Comunicar-se bem é para todos que se dedicam
Em última análise, falar em público é uma habilidade que pode ser aprendida, lapidada e aprimorada com dedicação e prática. Ou seja, independente do ponto de partida, qualquer pessoa pode desenvolver uma comunicação eficaz. Assim, o que diferencia os bons oradores não é um talento misterioso, mas sim o compromisso com o próprio desenvolvimento.
Autor: Emma Williams